A baixa autoestima é em muitos casos a principal causa para
timidez, ciúme, ansiedade, depressão entre outros inúmeros problemas emocionais
e psicológicos.
Pessoas com uma autoestima ruim tendem a acreditar que não
merecem as coisas boas que a vida tem a oferecer e por essa razão elas sofrem
mais e tem mais problemas do que o restante da população.
Nesse artigo irei dar
algumas dicas e instruções sobre como melhorar a sua autoestima, trabalhar o
amor próprio e desse maneira ter mais qualidade de vida.
01: Descubra a causa da sua
baixa autoestima
Quando questionado sobre o motivo pelo qual não se gosta, aqueles que possuem
baixa autoestima costumam alegar que não sabem bem o motivo ou dão respostas
muito genéricas e imprecisas do tipo:
Eu sou feio (a)
Sou chato (a)
Sou burro (a)
A baixa
autoestima tem sempre uma razão bem clara e definida, porém você prefere
esconde-la até de si mesmo, dentro do seu inconsciente. Contudo se esse
motivo for trazido para fora poderemos analisá-lo e verificar se ele tem
sentido ou não e se é possível resolve-lo:
Me acho feio por possuir uma
característica física que eu não gosto.
– Não será possível fazer um tratamento específico para isso? Onde encontrar
esse tratamento? Quanto custa? Como conseguir essa quantia? É possível fazê-lo
gratuitamente ou a preço de custo no SUS, ONG ou por uma Clínica escola de
alguma faculdade?
Me acho chato por não ter
assunto para conversar com as pessoas – Existem livros, curso ou
sites que ensinem como conversar com as pessoas? E se eu me mantiver informado
sobre os assuntos do momento terei mais sobre o que conversar? Não existem
pessoas que compartilham os mesmos interesses que eu?
Me sinto burro por não entender
sobre as coisas que meus amigos falam –
Já leu os livros, assistiu aos filmes e escutou as musicas que eles gostam? Se
tiver acesso às mesmas informações que eles tiveram certamente conseguirá
entendê-los melhor.
02 Conhece a ti mesmo
A frase
cunhada no oráculo de Delfos apesar de tão desgastada nos livros de autoajuda,
não deixa de ser de grande importância. Quanto mais você se conhecer, mais irá
se amar ou como eu escrevi no outro artigo: Como se pode gostar daquilo
que não se conhece? A pergunta que surge nesse ponto é “O que eu faço para
me conhecer?”. A análise feita com um psicoterapeuta competente é o que a
ciência garante como procedimento eficaz para o autoconhecimento, mas mesmo de
posse de posse desse poderoso artifício, você não vai escapar da difícil tarefa
de olhar para si mesmo e com sinceridade se questionar sobre cada ato faz e
cada pensamento que fizer.
03: Aceite os seus
defeitos
Quando digo “aceite os seus defeitos” estou querendo dizer que você não deve
ficar fingindo que eles não existem como a pessoa que sabe que está acima do
peso e por conta disso foge dos encontros com a balança e com o espelho. Afinal
você não pode se enganar por muito tempo.
Aceitar os seus
defeitos também quer dizer que você não deve transformar as suas imperfeições
em algo pior do que elas realmente são. Não é “o fim do mundo” ser
gordinho, ter espinhas ou possuir qualquer característica negativa que
você imaginar.
04: Respeite-se
É natural querer
compensar os seus defeitos com alguma coisa boa e tentando ser uma pessoa mais
agradável. O problema é quando você deixa de ser gente fina e passa a ser
capacho dos outros. Tornar-se muito submisso faz com que seus pares percam o
respeito por você e comecem a te tratar mal, consequentemente isso rebaixa a
sua autoestima. Boa vontade e altruísmo têm limites quando perceber que
aquele a qual está ajudando começou a abusar diga NÃO!
05: Esqueça o passado
Quase sempre a baixa autoestima tem a sua origem em algum lugar do passado
longínquo. Nas palavras duras e impensadas ditas pelos nossos pais e
professores ou pelas gozações feitas por outras crianças.
Pare
e pense: faz algum sentido passar o resto da vida acreditando que
pessoas dominadas pela raiva ou que um bando de fedelhos mal criados tem razão
em alguma coisa?
Compreenda
agora que você cresceu e já não é mesma pessoa, não é mais aquela criança
“esquisita” ou aquele adolescente desajeitado, portanto não há razões para você
agir como se ainda fosse.
06: Ressignifique o que foi
dito por seus pais
As palavras ditas pelos nossos pais enquanto
ainda somos crianças acabam por refletir sobre nós por toda a vida adulta.
Coisas como:
“Você
não presta atenção no que faz?”
“Nove?
Por que não tirou dez?” (vários pacientes me relataram essa).
“Você
nunca vai ser nada na vida”
“Você
nunca faz nada direito!”
“Por
que você não é como o seu irmão” (irmão pode ser substituído aqui por primo,
amigo vizinho, irmã etc.).
Esse tipo de fala realmente pesa na autoestima
de alguém. Porém, por que dar tanto valor a coisas ditas por pessoas que
estavam tomadas pela raiva ou pela ignorância? Talvez você fosse realmente um
pouco desligado ou não se esforçasse tanto na infância e adolescência, mas isso
são características da idade. Seu pai e sua mãe podem ser importantes, mas
eles não sabem quem você é ou qual será o seu destino. Só você sabe quem você é
e apenas você pode escrever o seu futuro.
07: Faça bem as suas tarefas
A autoestima não está relacionada apenas a quem se é, mas também ao que se faz,
ou seja, ainda que você não seja a mulher mais bonita do mundo ou o homem mais
cobiçado do planeta, se souber que é um bom profissional seu amor próprio irá
para as alturas.
Assim a
garota que sempre se achou feia conquista a sua autoestima recebendo muitos
elogios de pais e superiores por ser uma excelente professora. Do mesmo
modo o rapaz que sempre se viu como um zero a esquerda ganha amor próprio por
descobrir que é o melhor eletricista da empresa na qual trabalha.
Claro que
isso não se resume a trabalho: ser um bom eskatista, o melhor aluno da sala o
neto mais amado, tudo isso contribui para que você compreenda que possui muito
valor.
08: Valorize o que você faz
Não
espere apenas que as outras pessoas gostem dos seus feitos e valorizem os seus
talentos, é necessário que você aprecie aquilo que faz. Isso é bem mais fácil
do que gostar de si mesmo e facilita (e muito) o processo de melhorar a
autoestima.
09: Faça trabalhos voluntários
e boas ações
Nada faz tão bem ao ego quanto o agradecimento sincero de uma pessoa que
realmente precisava da nossa ajuda. Pessoas que fazem trabalhos
voluntários acabam por melhorar a forma como se veem e como percebem o mundo ao
seu redor, sendo útil ao seu semelhante é impossível que você não se goste
mais.
10: Esqueça–se das revistas de
moda, programas femininos e de “saúde”.
O mercado vive da
insatisfação, isso se deve ao fato de as pessoas
insatisfeitas consumirem mais. Dessa forma o melhor jeito de fazer as
pessoas comprarem mais (coisas que elas não precisam), é falando que elas são
feias e infelizes. É por isso que as revistas, programas de TV e comerciais são
cheias de pessoas lindas e corpos que a maioria das nós nunca conseguirá ter.
Já reparou quantas mulheres saradas aparecem na televisão? Ao contrario do que
você pensa, elas não estão lá para fazerem os homens babar, elas estão lá para
fazer as mulheres acreditarem que isso que os homens desejam.
Nos mesmos programas
cheios de mulheres “desejadas" são vendidos shakes emagrecedores e calças
que prometem levantar o bumbum. Por que será?
11: Aprenda a se mostrar
Existe
algo de extremamente intrigante na autoestima, quanto mais as outras pessoas
gostam de você mais autoestima você passa a ter. Todo mundo quer ser admirado e
não há nada de errado nisso, mas para ser admirado é necessário que as outras
pessoas conheçam você e o seu trabalho. Não esconda os seus talentos e nem os
seus atributos (inclusive os físicos) se existe algo de bom em você deixe que
os outros saibam disso.
12: Valorize a sua opinião
Se você gosta de uma coisa essa coisa é boa,
não importa o que os outros digam. Seja a roupa que você veste, o corte de
cabelo que usa ou a musica que escuta. Os seus gostos e opiniões são parte
integrante do seu ego, quando você simplesmente sai concordando ou baixando a
cabeça para todos que dizem que as coisas que você gosta não prestam, você está
simplesmente aceitando que digam que você não presta. Defenda as coisas e as
pessoas de que gosta.
13 Cuide de si mesmo
Como diz o ditado “quem ama cuida” e
poderíamos acrescentar: quanto mais se cuida mais se ama. Uma forma inegável e
extremamente eficaz de se aumentar a autoestima e cuidando de sua aparência
física
Não! Se preocupar com a sua aparência não é sinônimo de ser
superficial, cuidar da própria aparência é cultivar o respeito e amor próprio.
Superficial é quem acredita que é melhor que o outro por motivos fúteis, Seja
por se achar mais bonito ou por acreditar que é mais inteligente ou mais
“profundo”.
Talvez a sua alegação para
não cuidar de sua aparência é a falta de dinheiro. Pense comigo: Quanto
dinheiro você tem gastado com coisas menos importantes que o seu bem estar?
Porém, se está realmente faltando dinheiro para você, talvez seja a hora de
fazer algo a respeito, arrumar um emprego, conseguir um emprego melhor ou quem
sabe uma fonte de renda extra (emprego de final de semana ou nas horas vagas).
O que não deve acontecer é você não se cuidar.
14: Entenda melhor o outro
Não
é apenas você que deseja ser mais admirado e que por vezes acredita que as
outras pessoas o menosprezam ou não respeitam, todo mundo se sente assim hora
ou outra. Quando pensar nisso lembre-se de procurar fazer com que as outras
pessoas se sintam amadas, se for capaz de fazer com o outro se sinta bem irá
ser uma das pessoas mais bem quistas do seu grupo e consequentemente sua
autoestima irá se elevar.
15: Não espere que o outro de
mostre o valor que você tem
É
necessário entender também que as pessoas estão muito mais preocupadas com as
próprias necessidades e anseios do que com os outros. Por essa razão não dá
para esperar que elas reconheçam as suas qualidades. Na verdade é muito mais
fácil para elas observarem suas falhas e defeitos, pois isso afeta diretamente
as necessidades delas, por exemplo, se reclama que fulano é lerdo por que esse
fulano demora em fazer aquilo que queremos.
Quer alguém
que te ame e mostre que você é a pessoa mais importante do mundo? Esse
alguém é você mesmo! E isso não é demagogia é a pura realidade, à medida que o
seu autorrespeito e amor próprio aumentarem as outras pessoas te
respeitarão e gostarão mais de você.
16: Esqueça a beleza
estereotipada
Você não precisa ser loira (o) de olhos azuis
e corpo construído na academia para ser considerada (o) bonita (o) ou atraente.
Existem diversos tipos de gostos e formas de beleza e você não precisa se
enquadrar no padrão de beleza vigente.
A ideia do padrão de beleza é sempre colocar nas pessoas a ideia de que elas
não são bonitas e precisam fazer algo para mudar, por exemplo, nos estados
unidos, local onde a maior parte da população está acima do peso o padrão do
que é belo é a magreza, no Brasil onde a maior parte da população é morena ou
negra considera-se belo as pessoas com traços europeus, o intrigante é que os
europeus consideram os brasileiros um dos povos mais bonitos do mundo.
Entendeu? A ideia da mídia ao estabelecer padrões de beleza é te deixar
insatisfeito (a) com si mesmo (a) e te obrigar a comprar algo para se adequar
aos padrões estabelecidos.
17: Aceite elogios
Você é do tipo de pessoa que ao receber um elogio responde algo do tipo:
“impressão sua”, “bondade da sua parte” “você está exagerado” ou qualquer outra
expressão de modéstia? Pare de fazer isso agora, a primeira razão é que um
elogio é um presente e rejeitá-los é uma tremenda falta de educação, porém a
razão mais importante é que ao aceitar os elogios você está admitido para si
mesmo que possui qualidade admiráveis. Tal ato com toda certeza contribui para
o aumento da sua autoestima, sendo assim a partir de agora quando alguém lhe
elogiar a única coisa que você irá dizer é: “Muito Obrigado!”
18: Tire a mascara de
coitadinho
Não acreditar em si mesmo ou ter uma baixa
autoestima é uma situação cômoda. Você não precisa fazer muito esforço e nem se
propor a nada, afinal não vai dar certo mesmo (na sua mente). Quero com isso
questionar se não está sendo bom para você se manter como coitadinho, deixando
que os outros façam as coisas por você ou se mantendo invisível na sua
insignificância. A vida é breve, e você não vai querer chegar à velhice sem ter
feito nada de importante ou relevante por isso mexa-se!
Fonte: psicologosp.com
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